Mario Quintana já dizia: Viajar é mudar a
roupa da alma. Para traduzir um pouquinho mais qual é o gosto de viajar, minha amiga Tania me mandou esta
crônica, que simplesmente sen-sa-cio-nal. Viaje!
Uma vez Fui Viajar e Não Voltei
por Marcelo
Penteado
Não por rebeldia ou por ter decidido ficar;
simplesmente mudei.
Cruzei fronteiras que eu nunca imaginaria
cruzar. Nem no mapa, nem na vida. Fui tão longe que olhar para trás não era
confortante, era motivador.
Conheci o que posso chamar de professores e
acessei conhecimentos que nenhum livro poderia me ensinar. Não por serem
secretos, mas por serem vivos.
Acrescentei ao dicionário da minha vida
novos significados para educação, medo e respeito.
Reaprendi o valor de alguns gestos. Como
quando criança, a espontaneidade de sorrisos e olhares faz valer a comunicação
mais universal que há – a linguagem da alma.
Fui acolhido por pessoas, famílias,
estranhos, bancos e praças. Entre chãos e humanos, ambos podem ser igualmente
frios ou restauradores.
Conheci ruas, estações, aeroportos e me
orgulho de ter dificuldade em lembrar seus nomes. Minha memória compartilha do
meu desejo de querer refrescar-se com novos e velhos ares.
Fiz amigos de verdade. Amigos de estrada
não sucumbem ao espaço e nem ao tempo. Amigos de estrada cruzam distâncias;
confrontam os anos. São amizades que transpassam verões e invernos com a
certeza de novos encontros.
Vivi além da minha imaginação. Contrariei
expectativas e acumulei riquezas imateriais. Permiti ao meu corpo e à minha
mente experimentar outros estados de vivência e consciência.
Redescobri o que me fascina. Senti calores
no peito e dei espaço para meu coração acelerar mais do que uma rotina qualquer
permitiria.
E quer saber?
Conheci outras versões da saudade. Como
nós, ela pode ser dura. Mas juro que tem suas fraquezas. Aliás, ela pode ser
linda.
Com ela, reavaliei meus abraços, dei mais
respeito à algumas palavras e me apaixonei ainda mais por meus amigos e minha
família.
E ainda tenho muito que aprender.
Na verdade, tais experiências apenas me
dirigem para uma certeza – que ainda tenho muito lugar para conhecer, pessoas a
cruzar e conhecimento para experimentar.
Uma fez fui viajar…
e foi a partir deste momento que entendi
que qualquer viagem é uma ida sem volta.
Fonte:http://sigoescrevendo.com/2013/08/26/uma-vez-fui-viajar-e-nao-voltei/
Adorei Eve, esse blog seu é novo? Não conhecia.
ResponderExcluirBJS
www.memoriasdeumaanonima.blogspot.com.br